Revogada pela Lei nº.
1084/2007
Dispõe
sobre o desenvolvimento urbano no município de marataízes, institui o plano
diretor urbano e dá outras providências.
O Prefeito Municipal de Marataízes: faço saber que a Câmara
Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
DO PLANEJAMENTO URBANO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º
- A ação governamental da Administração Municipal de Marataízes, relativamente
ao desenvolvimento urbano do Município, será objeto de planejamento e
coordenação permanente, visando à melhoria da qualidade de vida da população.
Art. 2º
- O planejamento urbano do Município de Marataízes terá por finalidade promover
a ordenação do uso, ocupação e parcelamento do solo, com base nas condições
físico-ambientais e sócio-econômicas locais e regionais.
Art. 3º
- O Plano Diretor Urbano - P.D.U. é o instrumento da política municipal de
desenvolvimento e integra o processo contínuo de planejamento urbano do
Município, tendo como princípios fundamentais as funções sociais da cidade e a
função social da propriedade.
Art. 4º
- No processo de planejamento urbano municipal fica garantida a participação da
população pelo amplo acesso às informações sobre planos, projetos e programas
e, ainda, pela representação bancária, entidades e associações comunitárias em
grupos de trabalho, comissões e órgãos colegiados no âmbito da administração
municipal.
CAPÍTULO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DO PLANO DIRETOR URBANO
Art. 5º
- Fica criado o Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano, órgão consultivo e
de assessoramento ao Poder Executivo,
com atribuições de analisar e de propor medidas para implementação da política
urbana, bem como, verificar a execução
das diretrizes do Plano Diretor Urbano- PDU.
§ 1º
- As decisões do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano - CMPU, no âmbito
de sua competência, deverão ser consideradas como resoluções, sujeitas à
apreciação da Procuradoria Municipal e homologação do Prefeito Municipal.
§ 2º
- O Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano é composto de 13 (treze)
membros, designados pelo Prefeito Municipal, observada as seguintes
composições:
I
- Secretaria Municipal de Planejamento;
II
- Secretaria Municipal de Obras ;
III
- Secretaria de Turismo;
IV
- Espírito Santo Centrais Elétricas
S/A - ESCELSA;
V
- Tele Comunicações do Espírito Santo
S/A - TELEST ;
VI
- Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Marataízes - SAAE
VII
- Representante do Setor Hoteleiro;
VIII
- Representante das Comunidades;
IX
– Representante da Associação comercial de Marataízes;
X
– Representante da Câmara Municipal de Marataízes;
XI
– Representante da Rede Bancária do Município;
XII
– Representante da Loja Maçônica de Marataízes;
XIII
– Representante do Rotary Club de Marataízes.
§ 3º - A organização e as normas de
funcionamento do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano serão apreciadas
pela Procuradoria Municipal e regulamentadas por atos do Executivo Municipal.
Art. 6º
- Compete ao CMPU:
I
- orientar a aplicação da legislação municipal atinente ao desenvolvimento
urbano;
II
– assessorar na formulação de projetos de lei e decretos oriundos do poder
executivo, necessários à atualização e
complementação do PDU;
III
- participar na formulação das diretrizes da política de desenvolvimento urbano
do Município de Marataízes;
IV
- opinar, quando solicitado , sobre qualquer matéria atinente ao
desenvolvimento urbano;
V
- orientar a compatibilização das atividades do planejamento municipal,
relativamente ao PDU, com a execução
orçamentária, anual e plurianual;
VI
- promover a integração das atividades
do planejamento urbano municipal atinentes ao desenvolvimento estadual e
regional;
VII
- desempenhar as funções de órgão de assessoramento na promoção e
coordenação da ação governamental
atinente ao desenvolvimento urbano;
VIII
- opinar, previamente, sobre planos, projetos e programas de trabalho dos
vários órgãos da administração pública municipal, direta e indiretamente,
relativos a intervenções no espaço urbano;
IX
- exercer outras atribuições que lhe venham a ser atribuídas;
X
- elaborar seu regimento interno.
Parágrafo Único
- O suporte técnico e administrativo necessário ao funcionamento do CMPU, deve
ser prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Planejamento e apreciado
pela Procuradoria Municipal e homologado pelo Prefeito Municipal.
TÍTULO II
DO PLANO DIRETOR URBANO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 7º
- Fica instituído o Plano Diretor Urbano - P.D.U. do Município de Marataízes
cuja implantação será procedida na forma desta Lei.
Art. 8º
- O Plano Diretor Urbano tem como objetivos:
I
- disciplinar a ocupação e o uso do solo, através da introdução de normas
urbanísticas, em consonância com o meio
ambiente e a infra-estrutura disponível;
II
- adequar e controlar a densidade demográfica nas áreas urbanizadas e
urbanizáveis com vistas a racionalizar a utilização da infra-estrutura urbana e
promover maior conforto e qualidade no espaço da cidade;
III
- promover o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade, e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu
território, de forma a assegurar o bem estar dos seus habitantes;
IV
- preservar, conservar e recuperar as áreas, edificações e equipamentos de
valor histórico, paisagístico e natural;
V
- estabelecer mecanismo de participação da comunidade no planejamento urbano e
na fiscalização de sua execução;
VI
- distribuir homogeneamente os equipamentos urbanos na cidade, de forma a
propiciar melhoria no acesso dos cidadãos;
VII
- estimular a expansão do mercado de trabalho e das atividades produtivas;
VIII
- adequar o sistema viário ao desenvolvimento urbano do Município.
Art. 9º
- O ordenamento da ocupação e do uso do solo urbano deve ser feito de forma a
assegurar:
I
- a utilização racional da infra-estrutura urbana;
II
– a descentralização das atividades urbanas, com a disseminação de bens,
serviços e infra-estrutura no território urbano, considerados os aspectos
locais e regionais;
III
- o desenvolvimento econômico, orientado para a criação e a manutenção de
empregos e rendas, mediante o incentivo à implantação e à manutenção de
atividades que os promovam;
IV
- o acesso à moradia, mediante a oferta disciplinada de solo urbano;
V
- a justa distribuição dos custos e dos benefícios decorrentes dos investimentos
públicos;
VI
- a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente e do patrimônio
cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assegurado, quando de
propriedade pública, o acesso a eles;
VII
- seu aproveitamento socialmente justo e ecologicamente equilibrado, mediante a
utilização adequada dos recursos naturais disponíveis;
VIII
- sua utilização de forma compatível com a segurança e a saúde dos usuários e
dos vizinhos;
IX - o atendimento das necessidades de
saúde, educação, desenvolvimento social, abastecimento, esporte, lazer e
turismo do município.
Art. 10º.
- Consideram-se como partes integrantes desta Lei as plantas e tabelas que a
acompanham, sob a forma de Anexos, numerados de
Anexo
1- Classificação das Atividades por Categoria de Uso.
Anexo
2 - Tabela de Afastamentos Mínimos.
Anexo
3 - Tabela de Áreas Destinadas à Guarda e Estacionamento de Veículos e Carga e
Descarga de Mercadorias.
Anexo
4 - Tabela de Índices Urbanísticos.
Anexo
5 - Glossário.
Anexo
6 - Mapa de Zoneamento Urbanístico.
CAPÍTULO II
DA REVISÃO DO P.D.U.
Art. 11
- As normas contidas nesta Lei terão vigência indeterminada, sem prejuízo das
revisões decorrentes de sua atualização permanente.
Art. 12
- O Plano Diretor Urbano poderá ser alterado mediante revisão, sempre que se
fizer necessário, por proposta do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano,
através de Projeto de Lei do Executivo Municipal e aprovado pelo Legislativo.
Art. 13
- Ressalvado o disposto nos artigos 14 e15 desta Lei as revisões atinentes à
ordenação do uso, ocupação e do parcelamento do solo urbano far-se-ão mediante
lei.
Art. 14
- Far-se-ão mediante a Projeto de Lei do Executivo Municipal as seguintes
revisões:
I
- a declaração de florestas e demais formas de vegetação natural, como de
preservação permanente;
II
- a declaração de qualquer árvore como imune de corte;
III
- a definição de empreendimentos de impacto;
IV
- a definição das atividades potencialmente geradoras de poluição de qualquer
espécie;
V
- a inclusão de novas atividades, ainda não previstas nesta lei, no agrupamento
das atividades urbanas, segundo as categorias de uso, constantes do anexo 1;
VI
- a identificação de edificações, obras e monumentos de preservação;
VII
– a declaração de tombamento municipal de bem imóvel;
VIII
- a regulamentação da desapropriação através da utilização da faculdade de
construir;
IX
- a indicação dos locais onde as vagas de estacionamento poderão ocupar a área
correspondente ao afastamento de frente;
X
- a regulamentação dos locais com restrição para abertura de garagens.
Art. 15
- Far-se-á mediante Resolução do Conselho Municipal do P.D.U. homologada por
ato do Executivo Municipal as seguintes revisões:
I
- os ajustes de limites entre as zonas de uso referidas no art. 32 e seus
parágrafos;
II - a identificação de vias comerciais
nas zonas residenciais;
III
- alteração do afastamento nas hipóteses do art. 60;
IV
- o estabelecimento de padrões urbanísticos específicos.
V - a alteração da classificação das
vias do sistema viário básico, constantes do Anexo da Lei de Parcelamento do Solo.
Art. 16.
- As revisões do P.D.U, não aplicam-se aos processos administrativos em curso
nos órgãos técnicos municipais, salvo disposições em contrário no texto da
revisão.
TÍTULO III
DO REGIME URBANÍSTICO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 17
- O regime urbanístico compreende as normas destinadas a regular a ordenação do
uso e da ocupação do solo urbano.
Parágrafo Único
- O uso e ocupação do solo urbano nas diferentes zonas, respeitarão os
seguintes princípios:
I
- atendimento à função social da propriedade, com a subordinação do uso e
ocupação do solo ao interesse coletivo;
II
- proteção ao meio ambiente e respeito aos recursos naturais e ao patrimônio
cultural como condicionamento da ocupação do solo;
III - reconhecimento das áreas de ocupação
irregular, para efeito do planejamento urbano;
IV
- controle do impacto das atividades geradoras de tráfego pesado ou intenso nas
áreas já adensadas e nos principais eixos viários;
V
- adequação dos padrões de urbanização e à tipologia das construções
existentes;
VI - estimulo à coexistência de usos e
atividades de pequeno porte com o uso residencial evitando-se segregação dos
espaços e deslocamentos desnecessários;
VIII
- compatibilização do adensamento populacional com o potencial construtivo em
cada zona em função da infra-estrutura disponível;
IX
- a qualidade da ocupação do solo por edificações, consideradas as categorias
de uso;
X
- a intensidade de ocupação do solo por edificação, quanto as áreas e
volumetria máximas permitidas, dimensão das divisas, entorno urbano, ocorrência
de elementos naturais e paisagísticos e
condições topográficas dos lotes de terreno, sobre os quais acederem;
XI
- a localização das edificações no seu sítio de implantação, relativamente ao
entorno urbano e relevo dos lotes de terreno, sobre os quais acederem.
Art. 18
- A ordenação do uso e ocupação do solo urbano será aplicada à Zona Urbana e de
Expansão Urbana do Município de Marataízes, na forma delimitada, no anexo 06,
através da comunhão dos seguintes instrumentos de intervenção urbanística:
I
- Zoneamento;
II
- Categoria de uso;
III
- Índices urbanísticos.
CAPÍTULO II
DA OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 19
- As Categorias de Uso segundo a qualidade de ocupação determinada pela zona de
implantação, são consideradas como uso permitido, tolerado ou proibido.
Art. 20
- O uso permitido compreende as atividades que apresentam clara adequação à
zona de sua implantação.
Art. 21 -
O uso tolerado compreende as atividades que, embora inadequadas à zona de sua
implantação, não chegam a descaracterizá-la claramente ou a comprometê-la de
modo relevante, ficando à critério do Conselho Municipal do Plano Diretor
Urbano, fixar as condições e o prazo para sua adequação e ou implantação.
Art. 22 -
O uso proibido compreende as atividades que apresentam clara inadequação à zona
de uso de sua implantação.
Art. 23
- Ficam vedadas:
I
- a construção de edificações para atividades as quais sejam consideradas como
de uso proibido na zona onde se pretenda a sua implantação;
II
- a mudança de destinação na edificação, para atividades as quais sejam
consideradas como de uso proibido, na zona onde se pretenda a sua implantação.
Art. 24
- A classificação das atividades como de uso permitido ou tolerado, segundo a
qualidade de ocupação determinada pela zona de sua implantação, é a constante
no anexo 4 .
Parágrafo Único
- Para os efeitos de aplicação do anexo 4, serão considerada atividades proibidas as que ali não estejam
relacionadas como de uso permitido ou tolerado.
SEÇÃO II
DO ZONEAMENTO URBANÍSTICO
Art. 25
- O Zoneamento Urbanístico do Município de Marataízes é integrado pelas
seguintes zonas de uso, cuja localização e limites são os constantes do Anexo
06:
I
- Zonas Residenciais (ZR);
II
- Zonas Comerciais (ZC);
III
- Zonas Industriais (ZI);
IV
– Zonas de Preservação Ambiental (ZPA);
V
- Zonas de Interesse Ambiental (ZIA);
VI
– Zonas de Interesse Turístico (ZIT).
Art. 26
- As Zonas Residenciais caracterizam-se pela predominância do uso residencial e
classificam-se em:
I
– ZR1 (Zona residencial Um)
II
– ZR2 (Zona Residencial Dois)
Art. 27
- A Zona Comercial (ZC) caracteriza-se como área onde concentram atividades
urbanas diversificadas, com predominância do uso comercial e de serviços e
classificam-se em:
I
– ZC (Zona Comercial)
Art. 28
- A Zona Industrial (ZI) caracteriza-se pela predominância de edificações destinadas
às atividades industriais e classificam-se em :
I
– ZI (Zona Industrial)
Art. 29
- As Zonas de Preservação Ambiental (ZPA) são áreas cuja ordenação de uso e
parcelamento do solo se caracterizam pela preservação ambiental e paisagística
, em especial pela ocorrência de elementos naturais, tais como:
I
- paisagens e visuais notáveis;
II
- florestas e demais formas de vegetação natural, bem como área destinadas à
proteção de recursos naturais renováveis;
III
- ilhas, praias e mangues;
IV
- topos de morros e elevações acima da cota altimétrica de
V - encostas com declividade superior a
45º (quarenta e cinco graus), bem como aquelas com declividade entre 25º (vinte
e cinco graus) e 45º (quarenta e cinco graus), com vegetação que contribua para
sua estabilidade.
Parágrafo Único
– Exige-se análise de Impacto Ambiental e aprovação de Plano de Manejo para o
uso de Lazer na ZPA.
Art. 30
- As Zonas de Preservação Ambiental (ZPA) são aquelas destinadas à preservação
integral dos ecossistemas e dos recursos naturais da área, garantindo a reserva
genética de fauna e flora e seus “habitats” podendo ser ocupadas e utilizadas
para fins de pesquisa científica, monitoramento ambiental e de educação
preservacionista;
Parágrafo Primeiro –
As Zonas de Interesse Ambiental (ZIA) são aquelas destinadas à preservação
parcial dos ecossistemas naturais e criados, em preservação da paisagem,
podendo ser ocupadas e utilizadas para fins de lazer, educativos, recreativos,
turismo, cultura, esportes, pesquisa científica e condomínios de chácaras.
Parágrafo Segundo
– As Zonas de Interesse Turísticos
(ZIT) São aquelas destinadas às atividades de Turismo e/ou complementares, podendo
ser ocupadas e utilizadas para fins de Lazer Recreativos, comércio e serviços
especiais, turismo e atividades afins.
Art. 31
- Os limites entre as zonas de uso poderão ser ajustados quando verificada a
conveniência de tal procedimento, com vistas a:
I
- maior precisão de limites;
II
- obter melhor adequação, no sítio onde se propuser a alteração:
a)
à ocorrência de elementos naturais e outros fatores biofísicos condicionantes;
b)
às divisas dos imóveis;
c)
ao sistema viário.
§
1º - Os ajustes de limites, a que se refere o “caput” deste artigo, serão
procedidos por proposta do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano,
apreciado pela Procuradoria Municipal e homologado por ato do Executivo
Municipal.
§
2º - No caso em que a via de circulação for o limite entre zonas este será
definido pelo eixo.
§
3º - Quando o limite de zonas não formam uma via de circulação, deverão ser
consideradas como limite as linhas de fundos dos terrenos lindeiros à via onde
se localizam.
§
4º - Executam-se do disposto no § 3º, deste artigo, os seguintes casos:
a)
quando o terreno possuir duas frentes, por ser central de quadra ou possuir
duas ou três frentes por ser de esquina, o limite a ser considerado será a
divisa oposta à testada do lote com a via de maior hierarquia funcional (ou de
maior intensidade de fluxo).
Art. 32 -
Para efeito de implantação de atividades, nos casos em que a via de circulação
for o limite entre zonas de uso, os imóveis que fazem frente para esta via
poderão se enquadrar em qualquer dessas zonas, prevalecendo, em qualquer caso,
os índices de controle urbanístico estabelecidos para a zona de uso na qual o
imóvel estiver inserido.
Parágrafo Primeiro
- Para efeito de aplicação do disposto neste artigo, nos casos em que não são
previstos os índices de controle urbanísticos da atividade pretendida, deve-se
acompanhar a categoria de uso que mais se assemelha.
Parágrafo Segundo –
Nas localidades da Zona Rural deverão ser consideradas, para efeito de
Aprovação e Licenciamento de Obras, os Índices Urbanísticos da ZIA para as
Edificações, sendo proibido o Parcelamento do Solo na Forma de Loteamento.
SEÇÃO III
DAS CATEGORIAS DE USO
Art. 33 -
As categorias de uso agrupam as atividades urbanas, subdivididas segundo as
características operacionais e os graus de especialização e atendimento, de
acordo com o Anexo 1, desta Lei.
Art. 34
- Os usos, segundo as suas categorias, classificam-se em:
I
- Uso residencial;
II
- Uso comercial;
III
- Uso de serviço;
IV
- Uso industrial.
Art. 35 -
O uso residencial compreende as edificações destinadas à habitação permanente
de caráter unifamiliar ou multifamiliar.
Art. 36
- O uso comercial e de serviços compreende as atividades de comércio e
prestação de serviço, que devido às suas características são consideradas como
local, de bairro, principal e especial.
Parágrafo Único
- Considera-se como:
I
- Local - atividades de pequeno porte disseminadas no interior das zonas residenciais, que não causam incômodos significativos, adotadas as medidas
adequadas para o seu controle, e nem atraem tráfego pesado ou intenso;
II
- De Bairro - atividades de médio porte compatíveis com o uso residencial, que
não atraem tráfego pesado e não causam poluição ambiental, quando adotadas as
medidas adequadas para o seu controle;
III
- Principal - atividades de grande porte, relacionadas ou não com uso residencial e destinadas a atender à
população em geral do município;
IV
- Especial - atividades urbanas peculiares que, pelo seu grande porte, escala
de empreendimento ou função, são potencialmente geradoras de impacto na zona de
sua implantação.
Art. 37
- O uso industrial, classificado em função de sua complexidade e porte,
compreende:
I
- Industrias de pequeno porte - atividades industriais não poluentes,
compatíveis com o uso residencial, em geral representadas por pequenas
manufaturas, e não ocasionem, em qualquer caso, inconvenientes à saúde, ao bem
estar e à segurança das populações vizinhas.
II - Industrias de médio porte -
atividades industriais cujo processo produtivo esteja voltado,
predominantemente, à fabricação de produtos e mercadorias essenciais de consumo
e uso da população urbana, não ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes à
saúde, ao bem estar e à segurança das populações vizinhas.
III
- Indústrias de grande porte - atividades industriais que podem causar impacto
no seu entorno, demandando infra-estrutura e serviços especiais, devendo ser
restritos a áreas industriais.
IV
- Indústrias especiais - atividades industriais não compatíveis com o uso
residencial e que causem significativo impacto, devendo ser restritas á áreas
industriais e submetidas a Estudos de Impacto Ambiental - EIA.
Art. 38
- A aprovação municipal de instalação dos usos consideradas especiais será
precedida de consulta quanto à viabilidade e dimensionamento da atividade de
que se tratar.
Parágrafo Único
- A consulta será apreciada pelo Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano,
após parecer da Secretaria Municipal de Planejamento e Procuradoria Municipal e
homologado pelo Executivo Municipal, quanto a:
I
- adequação à zona de implantação da atividade;
II
- efeitos poluidores e de contaminação e degradação do meio ambiente;
III - ocorrência de conflitos com o
entorno de implantação da atividade, do ponto de vista do sistema viário e das
possibilidades de perturbação no tráfego e de prejuízos à segurança, sossego e
saúde dos habitantes vizinhos;
IV
- carência da população atingida pela implantação da atividade ao uso de que se
tratar.
Art. 39
- O agrupamento das atividades urbanas segundo as categorias de uso, na forma
estabelecida nesta seção é a constante do anexo 1.
SEÇÃO IV
DOS ÍNDICES URBANÍSTICOS
Art. 40
- Consideram-se índices urbanísticos o conjunto de normas que regulam o
dimensionamento das edificações, em relação ao terreno onde serão construídas,
e ao uso a que se destinam.
Art. 41
- Os índices urbanísticos estabelecidos nesta Lei, são os constantes dos Anexos
e compreendem:
I
- Quanto à intensidade e forma de ocupação por edificações, conforme anexo 4:
a)
coeficiente de aproveitamento;
b)
taxa de ocupação;
c)
gabarito;
d)
taxa de permeabilidade.
II - Quanto à
localização das edificações, no seu sítio de implantação, conforme anexo 2:
a) afastamento de
frente;
b) afastamento de
fundos;
c) afastamento
laterais.
III - Quanto a área de
edificação destinadas à guarda, estacionamento e circulação de veículos,
conforme anexo 3:
a) número de vagas de
garagem ou de estacionamento de veículos;
b) área mínima para
carga e descarga.
SUBSEÇÃO I
DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Art. 42
- Coeficiente de aproveitamento é um fator estabelecido para cada uso nas
diversas zonas, que multiplicado pela área do terreno definirá a área total de
construção.
Art. 43
- No cálculo do coeficiente de aproveitamento, com exceção das edificações
destinadas ao uso residencial unifamiliar, não serão computados:
I
- as áreas destinadas à guarda de veículos, tais como garagens e vagas para
estacionamento e correspondentes circulações;
II
- as áreas destinadas a lazer e recreação, recepção e compartimentos de serviço
do condomínio;
III
- áreas de varanda contíguas a salas ou quartos, desde que não ultrapassem 40%
(quarenta por cento) das áreas destinadas aos respectivos cômodos;
IV
- a área de circulação vertical coletiva;
V
- a área de circulação horizontal coletiva;
VI - a caixa d’água, a casa de máquinas,
a subestação e a antecâmara;
VII
- os compartimentos destinados a depósito de lixo e guaritas nas dimensões
mínimas estabelecidas no art. 50, desta Lei;
VIII
- a zeladoria até
IX
- a área das jardineiras, contada da fachada da edificação até 10% (dez por
cento) do valor do afastamento frontal.
SUBSEÇÃO II
DA TAXA DE OCUPAÇÃO
Art. 44
- Taxa de ocupação é o índice de controle urbanístico que estabelece a relação
entre a área de projeção horizontal da edificação e a área do lote em que será
construída.
Art. 45
- Não são computadas no cálculo da taxa de ocupação as seguintes áreas:
I
- a área das jardineiras, contada da fachada da edificação até 10% (dez por
cento) do valor do afastamento, beirais e brises.
SUBSEÇÃO III
DA TAXA DE PERMEABILIDADE
Art. 46
- Taxas de permeabilidade é um percentual expresso pela relação entre a área do
lote sem pavimentação impermeável e sem construção no subsolo, e a área total
de terreno, dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e
propicie alívio para o sistema público de drenagem urbana.
Art. 47
- No cálculo da taxa de permeabilidade poderão ser computados:
I
- a projeção das varandas, sacadas e balcões, desde que tenha no máximo
II
- a projeção dos beirais e brises;
III
- a projeção de jardineiras com no máximo 10% (dez por cento) do valor do afastamento;
IV
- as áreas com pavimentação permeável intercaladas com pavimentação de elementos impermeáveis desde que estes elementos não ultrapassem a
20% (vinte por cento) da área total;
V
- os poços descobertos de ventilação e iluminação, com área superior a
SUBSEÇÃO IV
DO GABARITO
Art. 48
– Gabarito é o número máximo de pavimentos da edificação.
Parágrafo Primeiro
- Para os fins deste artigo, não são considerados pavimentos:
Parágrafo Segundo
– Nos lotes que tem frente para a Orla Marítima, o Gabarito Máximo permitido
para as edificações, será de 05 (cinco) pavimentos privativos.
I
- subsolo;
II
- cobertura desde que:
a)
a taxa de ocupação máxima seja de 40% (
quarenta por cento ) do pavimento tipo;
b)
o afastamento de frente seja de 4.00m ( quatro metros ) da fachada principal;
c)
sejam observadas as demais leis municipais.
III
- casa de máquinas de elevadores, reservatórios e outros serviços gerais do prédio;
IV
- jirau com pé direito mínimo de 2.80m ( dois metros e oitenta centímetros )
com destinação para lazer e recreação de
uso comum da edificação, desde que sua
área não ultrapasse a 50% ( cinquenta por cento ) da área do pavimento tipo de uso privativo, conforme art. 108 do código de obras;
V
- jirau com destinação a comércio, desde que ocupe área equivalente a no
máximo, 35% ( trinta e cinco por cento ) da área do compartimento onde for construído, tenha pé direito mínimo de 2.50m ( dois metros e cinquenta
centímetros ) conforme o art. 106 do Código de obras.
SUBSEÇÃO V
DOS AFASTAMENTOS DE FRENTE
Art. 49
- Afastamento de frente estabelece a distância mínima entre a edificação e a
divisa frontal do terreno no alinhamento com o logradouro público, conforme
Anexo 2 do PDU.
Parágrafo Único – Os
lotes que dão frente para a Orla Marítima do Município deverão ter afastamento
Frontal mínimo de 5,00M (cinco metros) para edificações de 01 (um) até 05
(cinco) Pavimentos Privativos.
Art. 50
- As áreas de afastamento de frente devem ficar livres de qualquer construção.
Parágrafo Único
- Excetua-se do disposto no “caput” deste artigo os seguintes casos:
I
- muros de arrimo decorrente dos desníveis naturais;
II
- vedações nos alinhamentos ou nas divisas laterais;
III - piscinas, espelhos d’água,
escadarias ou rampas de acesso ocupando no máximo 50% (cinqüenta por cento) da
área do afastamento frontal;
IV
- pérgulas com no mínimo 85% (oitenta ecinco por cento) de sua área vazada;
V
- câmaras de transformação e/ou pavimentos em subsolo, quando a face superior
da laje de teto se situar integralmente abaixo da cota mínima do alinhamento
com o logradouro público, respeitadas as exigências da legislação municipal quanto
à iluminação e ventilação desse pavimento;
VI
- guaritas com área de construção máxima de
VII
- central de gás;
VIII
- depósito de lixo, passadiços e abrigos de portão ocupando a área máxima de
20% (vinte por cento) da área do afastamento de frente, obedecendo o limite
máximo de
IX
- construção de garagens, nas Zonas Residenciais, quando as faixas de terreno
compreendidas pelo afastamento de frente comprovadamente apresentarem
declividade superior a 20% (vinte por cento).
Art. 51
- Sobre o afastamento de frente poderão avançar, os seguintes elementos
construtivos:
I
- marquises, beirais e platibandas, até 50% (cinqüenta por cento) do valor do
afastamento;
II
- abas, brises, jardineiras, ornatos e
tubulações, até 10% (dez por cento) do valor do afastamento;
III
- balcões, varandas e sacadas, avançando no máximo
Art. 52
- Nas edificações que não atendem as normas relativas ao afastamento de frente,
ficam vedadas obras de ampliação, na área correspondente a este afastamento.
Art. 53 - Nos
lotes de terreno de esquina será exigido integralmente, o afastamento de frente
na testada de menor dimensão, e na outra será exigido um afastamento de 50%
(cinqüenta por cento), do afastamento frontal mínimo previsto nesta Lei.
Art. 54
- Nas Zonas Comerciais, onde mais da metade dos lotes edificados, possuam
afastamento de frente diverso do proposto nesta lei, poderá a Secretaria de
Planejamento, ouvido o CMPDU , fixar novas dimensões para os afastamentos de
frente, caso não exista proposta de alargamento viário.
SUBSEÇÃO VI
DOS AFASTAMENTOS LATERAIS E DE FUNDO
Art. 55 -
Afastamento lateral estabelece a distância mínima entre a edificação e as
divisas laterais do terreno, conforme Anexo 2 do PDU.
Art. 56 -
Afastamento de fundo estabelece a distância mínima entre a edificação e a
divisa dos fundos do terreno, conforme Anexo 2 do PDU.
Art. 57 -
Sobre os afastamentos laterais e de fundo poderão avançar:
I
- abas, brises, jardineiras, ornatos e tubulações, até 10% (dez por cento) do
valor do afastamento;
II - beirais e platibandas até 10% (dez
por cento) do valor do afastamento.
Art. 58 -
Nas fachadas laterais das edificações acima de três pavimentos, afastadas no mínimo
Art. 59 -
O valor e o local de ocorrência dos afastamentos de frente, laterais e de fundo
poderão ser alterados, mediante solicitação dos interessados, por resolução do
Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano e homologação do Chefe do Executivo
Municipal, desde que mantida a equivalência das áreas livres do imóvel com
vistas a:
I
- preservação de árvores de porte no interior do imóvel, em especial daquelas
declaradas imunes de corte, na forma do artigo 7.º do Código Florestal,
instituído pela Lei Federal nº.4.771 de 15 de novembro de 1965;
II
- melhor adequação da obra arquitetônica ao sítio de implantação, com
características excepcionais relativas ao relevo, forma e estrutura geológica
do solo.
Art. 60 -
No caso de edificações constituídas de vários blocos, independentes ou
interligados por pisos comuns, a distância entre eles deve ser a soma dos
afastamentos mínimos previstos nesta Lei, no Anexo 2, para cada bloco, conforme
a característica do compartimento a ser ventilado e iluminado.
Art. 61 -
Caso existam aberturas ou varandas voltadas para áreas de iluminação e
ventilação fechadas, deve ser observado para elas o diâmetro mínimo
estabelecido no código de obras.
Art. 62 -
Os dois primeiros pavimentos não em subsolo, quando destinados a uso comum,
comércio ou serviços , poderão ocupar toda a área remanescente do terreno, após
a aplicação do afastamento de frente, da
taxa de permeabilidade, das normas de iluminação e ventilação e outras exigências da
legislação municipal, relativas a estes pavimentos.
Art. 63 -
O pavimento em subsolo, quando destinado à guarda de veículos, poderá ocupar
toda área remanescente do lote de terreno, após a aplicação do afastamento de
frente, da taxa de permeabilidade, das normas de iluminação e ventilação e
outras exigências da legislação municipal, desde que o piso, do pavimento
térreo, não se situe numa cota superior a 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) do passeio.
SUBSEÇÃO VII
DAS VAGAS DE ESTACIONAMENTO
Art. 64 -
Número de vagas para a garagem ou estacionamento de veículos é o quantitativo
estabelecido em função da área privativa ou da área computável no coeficiente
de aproveitamento.
Art. 65 -
O número de vagas de estacionamento de veículos estabelecidos para as
edificações nas diversas áreas de uso, é o constante do anexo 3.
Art. 66 -
A critério do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano , o número de vagas de
estacionamento de veículos poderá ser diminuído, quando se tratar de:
I
- hospitais com mais de
II
- creche, pré-escola e escolas de 1º e 2º graus que não estejam situadas nas
vias arteriais e coletoras;
III
- equipamentos de uso público e associações religiosas.
Art. 67 -
Quando se tratar de reforma de edificações construídas antes da vigência desta
Lei, destinadas às atividades enquadradas nas categorias de uso, comércio e
serviço principal e especial, e industrial de grande porte com área superior a
Parágrafo Único
- As vagas para estacionamento de veículo de que trata este artigo poderão se
localizar em outro terreno, comprovadamente vinculado à atividade, e com
distância máxima de
Art. 68 -
A dimensão mínima das vagas destinadas ao estacionamento de veículo é de
Parágrafo Único
- Excetua-se do disposto neste artigo as vagas destinadas à mesma unidade
residencial, e as garagens que dispõem de sistema mecânico para estacionamento,
sem prejuízo da proporção mínima de vagas estabelecidas para cada edificação.
Art. 69
- Nas edificações destinadas ao uso misto, residenciais e comércio ou serviço o
número de vagas para estacionamento ou guarda de veículos será calculado,
separadamente, de acordo com as atividades a que se destinam.
TÍTULO IV
DA PROTEÇÃO AMBIENTAL, PAISAGÍSTICA E DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
SÓCIO CULTURAL.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 70
- A proteção do ambiente natural, da paisagem urbana e do patrimônio histórico
e sócio-cultural, através do condicionamento da propriedade à sua função
social, será efetuada através dos seguintes instrumentos:
I
- desapropriação;
II
- incentivos fiscais;
III
- tombamento;
IV
- declaração de áreas de preservação permanente;
V
– indenizações.
SEÇÃO I
DA DESAPROPRIAÇÃO
Art. 71 -
O Município, na proteção ao patrimônio ambiental, utilizará:
I - a desapropriação por utilidade
pública, (com base no Decreto-Lei Federal nº.3.365, de 21 de junho de 1941)
nomeadamente nos seguintes casos:
a)
salubridade pública;
b)
a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
c)
a execução de planos de urbanização;
d)
a preservação e conservação de monumentos históricos e artísticos, isolados ou
integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as me medidas necessárias
para manter-lhes, a realçar-lhes os aspectos mais valiosos de paisagens e
locais particularmente dotados pela natureza.
II - a desapropriação por interesse
social, (com base na Lei Federal nº.4.132, de 10 de setembro de 1962), nomeadamente
nos seguintes casos:
a)
as áreas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e
serviços públicos, atinentes à proteção ao patrimônio ambiental, no caso em que
não sejam as ditas áreas socialmente aproveitadas;
b)
a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e reservas
florestais.
Art. 72
- A desapropriação por utilidade pública poderá, com base no Art. 4.º do
Decreto Lei nº.3365 de 21 de junho de 1941 abranger áreas contínuas ao
desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem
extraordinariamente em conseqüência da realização do serviço.
Art. 73 -
Com vistas às finalidades postas no artigo 5.º da Lei Federal nº.4.771, de 15
de setembro de 1965, mediante
desapropriação, poderão ser criados parques, reservas biológicas e florestas
municipais.
Art. 74
- Na desapropriação para proteção de patrimônio ambiental, o Município poderá
proceder à aquisição dos bens imóveis, declarados de utilidade pública ou de
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos na Constituição Federal.
SEÇÃO II
DOS INCENTIVOS FISCAIS
Art.
75 - O Município poderá conceder
incentivos fiscais na forma de isenção ou redução de tributos municipais, com
vistas à proteção do ambiente natural, das edificações de interesse de
preservação e dos programas de valorização do ambiente urbano.
§
1º - Os imóveis ocupados total ou
parcialmente, por florestas e demais formas de vegetação declaradas como de
preservação permanente, e os monumentos naturais, terão redução ou isenção do
imposto territorial, a critério dos órgãos técnicos municipais competentes, sem
prejuízo das garantias asseguradas na legislação tributária municipal.
§
2º - Os imóveis identificados nesta lei, como de interesse de preservação,
gozarão, nos termos da legislação tributária municipal, de isenção das
respectivos impostos prediais, desde que as edificações sejam mantidas em bom
estado de conservação com preservação das características originais comprovada
através de vistorias realizadas pelos órgãos municipais competentes.
SEÇÃO III
DO TOMBAMENTO
Art. 76 -
Constitui o patrimônio ambiental, histórico e cultural do Município de
Marataízes, o conjunto de bens imóveis existentes em seu território e que, por
sua vinculação a fatos pretéritos memoráveis e a fatos atuais significativos,
ou por seu valor socio-cultural, ambiental, arqueológico, histórico científico,
artístico, estético, paisagístico ou turístico, seja de interesse público
proteger, preservar e conservar.
§
1º - Os bens referidos neste artigo, passarão a integrar o patrimônio histórico
e socio-cultural mediante sua inscrição, isolada ou agrupada, no livro do
tombo.
§
2º - Equiparam-se aos bens referidos neste artigo e são também sujeitos a
tombamento, os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe
conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotadas pela
natureza ou agenciados pela indústria humana.
Art. 77 -
O disposto nesta Seção se aplica, no que couber, aos bens imóveis pertencentes
às pessoas físicas bem como às pessoas jurídicas de direito privado ou de
direito público interno.
Art. 78 -
São diretrizes de proteção da memória e do patrimônio cultural:
I
- priorizar a preservação de conjuntos e ambiências em relação às edificações
isoladas;
II
- proteger os elementos paisagísticos, permitindo sua visualização e a
manutenção do seu entorno;
III
- promover a desobstrução visual da paisagem e dos conjuntos de elementos de
interesse histórico e arquitetônico;
IV
- adotar medidas, visando à manutenção dos terrenos vagos lindeiros a mirantes,
mediante incentivos fiscais ou desapropriação;
V
- estimular ações com a menor intervenção possível que visem à recuperação de
edifícios e conjuntos, conservando as características que os particularizam;
VI
- proteger o patrimônio cultural, por meio de pesquisas, inventários,
registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de
acautelamento e preservação definidas em Lei;
VII
- compensar os proprietários de bens protegidos;
VIII
- coibir a destruição de bens protegidos;
IX
- disciplinar o uso da comunicação visual para melhoria da qualidade da
paisagem urbana;
X
- criar o arquivo de imagem dos imóveis tombados;
XI
- definir o mapeamento cultural para áreas históricas e de interesse de
preservação da paisagem urbana, adotando critérios específicos de parcelamento,
ocupação e uso do solo, considerando a
harmonização das novas edificações com as do conjunto da área entorno.
Art. 79 -
Os investimentos na proteção da memória e do patrimônio cultural devem ser
feitos preferencialmente nas áreas e nos imóveis incorporados ao patrimônio
público municipal.
SUBSEÇÃO I
O PROCESSO DE TOMBAMENTO
Art. 80 -
Para a validade de processo de tombamento é indispensável a notificação da
pessoa a quem pertence, ou em cuja posse estiver o bem imóvel.
Art. 81 -
Através de notificação por mandado, o proprietário, possuidor ou detentor do
bem imóvel deverá ser cientificado dos atos e termos do processo:
I
- pessoalmente, quando domiciliado no Município;
II
- por carta registrada com aviso de recepção, quando domiciliado fora do
Município;
III
- por edital:
a)
quando desconhecida ou incerto;
b)
quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;
c)
quando a notificação for para conhecimento do público em geral ou sempre que a
publicidade seja essencial à finalidade do mandado;
d)
quando a demora da notificação pessoal puder prejudicar seus efeitos;
e)
nos casos expressos em lei.
§
1º - Os órgãos e entidades de direito público, a quem pertencer, ou sob cuja
posse ou guarda estiver o bem imóvel, serão notificados na pessoa de seu
titular.
§
2º - Quando pertencer ou estiver sob posse ou guarda da União ou do Estado do
Espírito Santo, será cientificado o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional ou o Conselho Estadual de Cultura, respectivamente, para
efeito de tombamento.
Art. 82 -
O mandato de notificação do tombamento deverá conter:
I
- os nomes do órgão do qual promana o ato, do proprietário, possuidor ou
detentor do bem imóvel, a qualquer título, assim como os respectivos endereços;
II
- os fundamentos de fato e de direito que justificam e autorizam o tombamento;
III
- a descrição do bem imóvel, com a indicação de suas benfeitorias,
características e confrontações, localização, logradouro, número e denominação,
se houver estado de conservação, o nome dos confrontantes e, se tratar de gleba
ou lote de terreno sem edificação, se está situado no lado par ou ímpar do
logradouro, em que quadra e que distância métrica o separa da edificação ou da
esquina mais próxima;
IV
- a advertência de que o bem imóvel está definitivamente tombado e integrado ao
Patrimônio Histórico e Sócio-Cultural do Município, se o notificado anuir,
tácita ou expressamente ao ato, no prazo de 30 (trinta) dias, contados de
recebimento da notificação;
V
- a data e a assinatura da autoridade responsável.
Art. 83 -
Proceder-se-á, também, ao tombamento de bens imóveis, referidos no artigo 76,
desta Lei, sempre que o proprietário o requerer, a juízo do Conselho Municipal
do Plano Diretor Urbano, os mesmos se revestirem dos requisitos necessários
para integrar o patrimônio histórico e cultural do Município.
Parágrafo Único
- O pedido deverá ser instruído com os documentos indispensáveis, devendo
constar a descrição do bem imóvel, a teor do inciso III, do artigo 83 desta
Lei, e a consignação do requerente de que assume o compromisso de conservar o
bem, sujeitando-se às cominações legais, ou apontar os motivos que o
impossibilitem para tal.
Art. 84 -
No prazo do inciso IV, artigo 89 desta Lei, o proprietário, possuidor ou
detentor do bem imóvel poderá opor-se ao tombamento definitivo, através de
impugnação, interposto por petição que será autuada em apenso ao processo
principal.
Art. 85 -
A impugnação deverá conter:
I
- a qualificação e a titularidade do impugnante em relação ao bem imóvel;
II
- a descrição e caracterização do bem imóvel, a teor do inciso III, do artigo
82 desta Lei;
III
– os fundamentos de fato e de direito, pelos quais se opõe ao tombamento, e que
necessariamente deverão versar sobre:
a)
a inexistência ou nulidade de notificação;
b)
a exclusão do bem imóvel dentre os referidos no art. 76, desta Lei;
c)
perecimento do bem imóvel;
d)
ocorrência de erro substancial contido na descrição e caracterização do bem
imóvel.
IV
- as provas que demonstram a veracidade dos fatos alegados.
Art. 86 -
Será liminarmente rejeitada a impugnação quando:
I
- intempestiva;
II
- não se fundar em qualquer dos fatos mencionados no inciso III do artigo 93
desta Lei;
III
- houver manifesta ilegitimidade do impugnante ou carência de interesse
processual.
Art. 87 -
Recebida a impugnação, será determinada:
I - a expedição ou a renovação do mandato de notificação
do tombamento, na hipótese da alínea “a” do inciso III do artigo 85 desta Lei;
II
- a remessa dos autos, nas demais hipóteses, deverá seguir ao Conselho
Municipal do Plano Diretor Urbano, para emitir pronunciamento fundamentado
sobre a matéria de fato e de direito argüida na impugnação no prazo de 15
(quinze) dias, podendo ficar, ratificar ou suprir o que for necessário para a
efetivação do tombamento e a regularidade do processo.
Art. 88 -
Findo o prazo do inciso II do artigo 87 desta Lei, os autos serão levados à
conclusão do Prefeito Municipal, não sendo admissível qualquer recurso de sua
decisão.
Parágrafo Único
- O prazo para a decisão final será de 15 (quinze) dias e interromper-se-à
sempre que os autos estiverem baixados em diligências.
Art. 89 -
Decorrido o prazo do inciso IV do artigo 82 desta Lei, sem que haja sido
oferecida a impugnação ao tombamento, o Conselho Municipal do Plano Diretor
Urbano através de Resolução:
I
- declarará definitivamente tombado o bem imóvel;
II
- mandará que se proceda a sua inscrição no Livro do Tombo;
III
- promoverá a averbação do tombamento no Registro de Imóvel, à margem de
transcrição do domínio, para que se produzam os efeitos legais, em relação ao
bem imóvel tombado e aos imóveis que lhe forem vizinhos.
SUBSEÇÃO II
DOS EFEITOS DE TOMBAMENTO
Art. 90 -
Os bens tombados deverão ser conservados e em nenhuma hipótese poderão ser
demolidos, destruídos ou mutilados.
§
1º - As obras de restauração só poderão ser iniciadas mediante prévia
comunicação e aprovação pelo Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano.
§
2º - A requerimento do proprietário, possuidor ou detentor, que comprovar
insuficiência de recursos para realizar as obras de conservação ou restauração
do bem, o Município poderá incumbir-se de sua execução, devendo as mesmas serem
iniciadas dentro do prazo de 1 (um) ano.
Art. 91 -
Os bens tombados ficam sujeitos à vigilância permanente dos órgãos municipais
competentes, que poderão inspecioná-los, sempre que julgado necessário, não
podendo os proprietários, possuidores, detentores ou responsáveis obstar por
qualquer modo à inspeção, sob pena de multa.
Parágrafo Único
- Verificada a urgência para a realização de obras para conservação ou
restauração em qualquer bem tombado, poderão os órgãos públicos competentes
tomar a iniciativa de projetá-las e executá-las, independente da comunicação do
proprietário, possuidor ou detentor.
Art. 92 -
Sem prévia consulta ao Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano, não poderá ser executada qualquer obra nas
vizinhanças do imóvel tombado, que lhe possa impedir ou reduzir a visibilidade
ou que não se harmonize com o aspecto estético, arquitetônico ou paisagístico
do bem tombado.
§
1º - A vedação contida neste artigo estende-se a colocação de cartazes, painéis
de propaganda, anúncios, tapumes ou qualquer outro objeto ou empachamento.
§
2º - Para os efeitos deste artigo, o Conselho Municipal do Plano Diretor deverá
definir os imóveis da vizinhança que sejam afetados pelo tombamento, devendo
notificar seus proprietários, quer do tombamento, quer das restrições a que se
deverão sujeitar, e decorrido o prazo do inciso IV do artigo 82 desta Lei, sem
impugnação, proceder-se-á a averbação referida no inciso III, do artigo 89
desta Lei.
Art. 93 -
Os proprietários dos imóveis tombados ou que estiverem sujeitos às restrições
impostas pelo tombamento vizinho, gozarão de isenção ou de redução nos
respectivos impostos predial e territorial de competência do Município.
Art. 94 -
Para efeito de imposição das sanções previstas nos artigos 165 e 166 do Código
Penal, e sua extensão a todo aquele que destruir, inutilizar ou alterar os bens
tombados, os órgãos públicos competentes comunicarão o fato ao Ministério
Público, sem prejuízo da multa aplicável nos casos de reparação, pintura ou
restauração, sem prévia autorização do Conselho Municipal do Plano Diretor
Urbano.
Art. 95 -
O Tombamento somente poderá ser cancelado através de Lei Municipal:
I
- a pedido do proprietário, possuidor ou detentor, e ouvido o Conselho
Municipal do Plano Diretor Urbano desde que comprovado o desinteresse do poder
público na conservação do bem imóvel, conforme disposto nos artigos 90 e 91 ,
desta Lei, e não tenha sido o imóvel objeto de permuta ou alienação a terceiros
da faculdade de construir.
II
- por solicitação do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano desde que o
imóvel não tenha sido objeto de permuta ou alienação a terceiros da faculdade
de construir.
SUBSEÇÃO III
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art. 96 -
O Executivo Municipal promoverá a realização de convênios com a União e o
Estado do Espírito Santo, bem como acordos e contratos com pessoas naturais e
pessoas jurídicas de direito privado, visando a plena consecução dos objetivos
desta Seção.
Art. 97 -
A Legislação Federal e Estadual será aplicada subsidiariamente pelo Município.
Parágrafo Único
- O Município, sempre que conveniente à proteção do patrimônio ambiental,
exercerá o direito de preferência na alienação de bens tombados, a que se
refere o artigo 22, do Decreto Lei nº. 25, de 30 de novembro de 1937.
SEÇÃO IV
DA DECLARAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Art. 98 -
Consideram-se áreas de preservação permanente aquelas, que pelas suas condições
fisiográficas, geográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e
climatológicas, formam um ecossistema de importância no meio ambiente natural
definidas nesta Lei, com base no Código Florestal.
Art. 99 -
O Município promoverá a proteção e conservação das florestas e demais formas de
vegetação natural, consideradas de preservação permanente por força do artigo
2.º da Lei Federal nº. 4771, de 15 de setembro de 1965, situadas:
I
- ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, em faixa marginal cuja largura
mínima será:
a)
b)
c)
II
- ao redor das lagoas e áreas alagáveis, lagos ou reservatórios d’água naturais
ou artificiais, desde o seu nível mais alto medido horizontalmente em faixa
marginal, cuja largura mínima será de:
a)
b)
c)
III
- nas nascentes permanentes ou temporárias, incluindo os olhos d’água, seja
qual for sua situação topográfica, com faixa mínima de
IV
- nos topos de morros e montes;
V
- nas encostas ou parte destas, com declividade superior a 100% (cem por cento)
ou 45º (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive;
VI
- nas restingas, em faixa mínima de
VII
- nos manguezais em toda a sua extensão, incluindo a faixa mínima de
VIII
- nas dunas localizadas em terrenos quartzosos marinhos ao longo do cordão
arenoso litorâneo;
IX
- nos brejos herbáceos existentes nos fundos de vale e ao longo dos córregos;
X
- nas áreas destinadas a formar faixas de proteção ao longo de rodovias,
ferrovias e outros.
Art. 100
- Fica desde logo autorizado o Poder Executivo, através de Decreto, identificar e
declarar as Áreas de Preservação Permanente, as florestas e demais
formas de vegetação natural de relevância no Município definidas no Zoneamento
Urbanistico como Zona de Preservação Ambiental.
Art. 101
- As florestas e demais formas de vegetação natural de propriedade particular,
enquanto contíguas com outras, consideradas ou declaradas de preservação
permanente, ficam sujeitas, com base no artigo 9º da Lei Federal nº. 4771, de
15 de setembro de 1965, ao regime especial para estas vigorante.
Art. 102
- O Município exercerá, por iniciativa própria, com base no artigo 23 da Lei
Federal nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965 o poder de polícia na fiscalização
e guarda das florestas e demais formas de vegetação natural.
Art. 103
- Para efeito de imposição das sanções previstas no Código Penal, na Lei de
Contravenções Penais e na Lei nº 9605, Lei da Natureza, de 12 de Fevereiro de
1998, relativas a lesões às florestas e demais formas de vegetação e a crimes
ambientais, os órgãos públicos competentes comunicarão o fato ao Ministério
Público.
CAPÍTULO II
DO RELATÓRIO DE IMPACTO URBANO
Art. 104
- A aprovação de empreendimentos públicos ou privados, dependerá de Relatório
de Impacto Urbano - RIU, elaborado por profissionais habilitados quando possam
vir a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou ainda possam vir a provocar
danos ao meio ambiente natural ou construído.
Parágrafo Único
- A aprovação a que se refere o caput deste artigo depende de prévia elaboração
de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA - contendo a análise do impacto do empreendimento na
vizinhança e as medidas destinadas a minimizar as conseqüências indesejáveis e
a potencializar os efeitos positivos.
Art. 105
- São considerados empreendimentos de impacto, entre outros a serem definidos
por Decreto do Executivo:
I
- qualquer obra de construção ou ampliação das vias arteriais e coletoras,
existentes ou projetadas;
II - qualquer empreendimento para fins não residenciais, com área
computável no coeficiente de aproveitamento superior a
III
- qualquer empreendimentos destinados a uso residencial que tenham mais de 150
(cento e cinqüenta) unidades;
IV - os parcelamentos do solo, destinados a:
a) condomínios por unidades Autônomas, com área total parcelado
superior a 25.000m2 (vinte e cinco mil metros quadrados);
b) uso predominantemente industrial, nos casos previstos no
parágrafo 2º do art. 51 da Lei de Parcelamento do Solo do Município de
Marataízes;
c)
zona de Interesse Ambiental , conforme o disposto no art. 7º da Lei de
Parcelamento do Solo do Município de
Marataízes;
V
- os seguintes equipamentos urbanos e similares:
a)
aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;
b)
autódromos, hipódromos e estádios esportivos;
c)
cemitérios e necrotérios;
d)
matadouros e abatedouros;
e)
presídios;
f)
quartéis;
g)
terminais rodoviários, ferrovias e aeroviários;
h)
corpo de bombeiros;
i)
terminais de carga;
j)
jardim zoológico;
l)
jardim botânico.
Art. 106
- O Relatório de Impacto Urbano - RIU - deverá conter análise dos impactos
causados pelo empreendimento considerando, no mínimo, os seguinte aspectos:
I - sistema viário urbano e de
transporte;
II
- infra-estrutura;
III
- meio ambiente natural;
IV
- padrões de uso e ocupação do solo de vizinhança.
Art. 107
- O Relatório de Impacto Urbano - RIU - será apreciado pelo Conselho Municipal
do Plano Diretor Urbano que poderá recomendar ou não a aprovação do
empreendimento.
§
1º - O RIU deverá ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão, e as informações
devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação, visual de modo que
se possa entender o empreendimento, bem como as conseqüências sobre o espaço
urbano.
§
2º - O interessado na implantação do
empreendimento definido como impacto
urbano deverá solicitar a orientação de que trata o parágrafo anterior,
mediante requerimento à Secretaria Executiva do Conselho Municipal do Plano
Diretor Urbano contendo:
a)
planta de situação do imóvel com dimensões e área do terreno;
b)
área prevista de construção do empreendimento;
c)
descrição e natureza do empreendimento;
d)
identificação do empreendedor, com endereço e telefone para contato
§
3º - Em função das características do empreendimento, a Secretaria Executiva do CMPDU, poderá solicitar
informações adicionais além daquelas constantes do parágrafo anterior.
§
4º - Com base nas informações obtidas, o Secretário Executivo do CMPDU, num
prazo máximo de 10 ( dez ) dias, emitirá um termo de Referência para elaboração
do Relatório de Impacto Urbano pelo interessado.
§
5º - O termo de Referência referido no parágrafo anterior deverá ser baseado em
critérios mínimos a serem definidos por Resolução do CMPU.
§
6º - Após o recebimento do RIU a Secretaria Executiva do CMPU terá prazo máximo
de 10 ( dez ) dias, para fazer exigências ao Relatório.
§ 7º - Cumpridas as
exigências a Secretaria Executiva do CMPU terá o prazo máximo de 30 ( trinta )
dias, para a análise e encaminhamento do RIU ao CMPU.
TÍTULO V
DAS PENALIDADES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 108
- O infrator de qualquer preceito desta Lei deve ser previamente notificado,
pessoalmente ou mediante via postal com
aviso de recebimento, para regularizar a situação, no prazo menor fixado neste
capítulo.
Art. 109
- Em casos de reincidência, o valor da multa prevista nas seções seguintes será
progressivamente aumentado, acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo.
§
1º - Para os fins desta Lei, considera-se
reincidência :
I - o cometimento, pela mesma pessoa
física ou jurídica de nova infração da
mesma natureza, em relação ao mesmo
estabelecimento ou atividade.
II
- a persistência no descumprimento da Lei, apesar de já punido pela mesma
infração.
§
2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta nova
notificação em 30 ( trinta ) dias caso permaneça a irregularidade.
Art. 110
- A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não obsta a iniciativa
do Executivo em promover a ação judicial necessária para a demolição da obra
irregular, nos termos dos arts. 934,
III, e 936, I do Código do Processo Civil .
CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES POR INFRAÇÕES A NORMAS DE EDIFICAÇÃO
Art. 111-
O acréscimo irregular de área em relação ao coeficiente de aproveitamento sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento
de multa, calculada em função da área de construção excedente, que
corresponderá a 300 ( trezentas) UFIRs,
por metro quadrado de área acrescida.
Art. 112
- A desobediência aos parâmetros mínimos referentes as taxas de ocupação e de sujeita permeabilização sujeita o
proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valor equivalente a 250 (
duzentos e cinquenta ) UFIRs, por metro quadrado, ou fração, de área irregular.
Art. 113
- A desobediência às limitações de
gabarito sujeita o proprietário ao pagamento de multa no valor equivalente a
100 (cem) UFIRs, por metro cúbico ou fração, do volume superior ao permitido
calculado a partir da limitação imposta.
Art. 114
- A invasão dos afastamentos mínimos estabelecidos nesta Lei ou o
descumprimento do disposto nos art. 60 e 61, desta Lei, sujeitam o proprietário
do imóvel ao pagamento de multa no valor equivalente a 100 (cem) UFIRs por metro cúbico, ou fração, de volume invadido,
calculado a partir da limitação imposta.
Art. 115
- A execução de área de estacionamento em desconformidade com o disposto nesta
Lei implica o pagamento de multa no valor equivalente de 500 (quinhentas)
UFIRs, por vaga a menos, no caso de números de vagas inferior ao exigido por
esta Lei.
CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES POR INFRAÇÕES A NORMAS DE
LOCALIZAÇÃO DE USOS E DE FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES
Art. 116
- O funcionamento de estabelecimento em desconformidade com os preceitos desta
Lei enseja a notificação para o encerramento das atividades irregulares em 10
(dez) dias.
§
1º - O descumprimento a obrigação referida no caput implica:
I
- pagamento de multa no valor equivalente a :
a)
- 250 (duzentos e cinquenta) UFIRs, no caso de uso comércio e serviço local;
b)
- 500 (quinhentas) UFIRs, no caso de uso comércio e serviço de bairro e
principal;
c)
- 1.000 (um mil) UFIRs, no caso de uso industrial, comércio e serviço especial;
d)
- 3.000 (três mil) UFIRs, no caso de empreendimento de impacto.
II
- interdição do estabelecimento ou da atividade após 5 ( cinco ) dias de
incidência da multa;
§
2º - No caso de atividade poluente, assim considerada pela Lei ambiental, é
cumulativa com aplicação da primeira multa a apreensão ou a interdição da fonte
poluidora.
§
3º - Para as atividades em que haja perigo iminente, enquanto este persistir o
valor da multa é equivalente a 3.000 ( três mil ) UFIRs, podendo a interdição
se dar de imediato, cumulativamente com multa.
§
4º - Para fins deste artigo, entende-se por perigo iminente a ocorrência de
situações em que se coloque em risco a vida ou a segurança de pessoas,
demonstrada no auto de infração respectivo.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
Art. 117
- Os projetos de construção já aprovados, cujo Alvará de Licença de Construção
já foi concedido ou requerido anteriormente a esta Lei, terão prazo
improrrogável de 36 (trinta e seis) meses, a contar da vigência desta Lei, para
conclusão da estrutura da edificação, sob pena de caducidade, vedada a
revalidação do licenciamento de construção ou de aprovação do projeto, salvo a
hipótese prevista no art.118, desta Lei.
Parágrafo Único
- O Alvará de Licença de Construção ainda não concedido, relativo a projeto já
aprovado anteriormente a esta Lei, deverá ser requerido no prazo de 6 (seis)
meses, desde que no prazo máximo de 36 (trinta e seis) meses, a contar da
vigência desta Lei, sejam concluídas as obras de estrutura da construção.
Art. 118
- Esta Lei aplica-se aos processos administrativos em curso nos órgãos técnicos
municipais, observado o disposto no artigo 119, desta Lei.
Art. 119
- Examinar-se-ão de acordo com o regime urbanístico vigente anteriormente a
esta Lei, desde que seus requerimentos hajam sido protocolados, na Prefeitura
Municipal, antes da vigência desta Lei, os processos administrativos de
aprovação de projeto de edificação, ainda não concedida, desde que, no prazo de
36 (trinta e seis) meses, a contar da vigência desta Lei, sejam concluídas as
obras de estrutura da construção.
§
1º - A interrupção dos trabalhos de fundação ocasionada por problema de
natureza técnica, relativos à qualidade do subsolo, devidamente comprovada pelo
órgão técnico municipal competente, poderá prorrogar o prazo referido no
parágrafo único do artigo 117, desta Lei.
§
2º - As obras cujo início ficar
comprovadamente na dependência de ação judicial para retomada de imóvel ou para
sua regularização jurídica, desde que proposta nos prazos, dentro da qual
deveriam ser iniciadas as mesmas obras, poderão revalidar o Alvará de Licença
de construção tantas vezes quantas forem necessárias.
Art. 120
- As solicitações protocoladas na vigência desta Lei, para modificação de
projetos já aprovados ou de construção ainda não concluída, porém já licenciada
da construção, poderão ser concedidas desde que a modificação pretendida não
implique em:
I
– aumento do coeficiente de aproveitamento e da taxa de ocupação constantes do
projeto aprovado;
II
– agravamento dos índices de controle urbanísticos estabelecidos por esta Lei,
ainda que, com base em legislação vigente à época da aprovação do projeto e
licenciamento da construção.
Art. 121
- Contados à partir da data de aprovação, o projeto de construção terá validade
máxima de 02 (dois) anos.
Art. 122
- Decorridos os prazos a que se refere o artigo 121 desta Lei, será exigido
novo pedido de aprovação submetido a análise e avaliação pelo órgão da
Prefeitura, obedecendo a legislação vigente.
Art. 123
- As edificações cujo projeto tenha sido aprovado, antes da vigência desta Lei,
para uso não residencial, poderão ser ocupados, à critério do Conselho
Municipal do Plano Diretor Urbano, por atividades consideradas como de uso
permitido na Zona de Implantação, com área edificada superior ao limite máximo
permitido na zona.
Art. 124
- A ampliação de atividade considerada proibida por esta Lei, em edificação
onde já funcionava legalmente tal atividade, poderá ser considerada tolerada, à
critério do Conselho Municipal do Plano
Diretor Urbano, nos casos de comércio e
serviço, principal e especial e indústria de grande porte e especial, e é
considerada permitida nos casos de comércio e serviço local e de bairro e
indústria de pequeno e médio porte.
Art. 125 -
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Marataízes - ES, 30 de
maio de 2000
ANANIAS FRANCISCO VIEIRA
PREFEITO MUNICIPAL DE MARATAÍZES
CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES POR CATEGORIA DE USO
RESIDENCIAL UNIFAMILIAR
- Correspondente a uma habitação por lote ou conjunto de lotes.
RESIDENCIAL
MULTIFAMILIAR - Correspondente a
mais de uma habitação por lote ou conjunto de lotes.
COMÉRCIO E SERVIÇO LOCAL
- Correspondente aos seguintes estabelecimentos com área vinculada à atividade
até
COMÉRCIO LOCAL:
-
Açougue e casas de carnes
-
Armarinhos
-
Artesanatos, pinturas e outros artigos de arte
-
Artigo fotográficos
-
Artigos para presentes
-
Artigos para limpeza
-
Artigos religiosos
-
Bar, restaurante, lanchonete, pizzaria (com área máxima de
-
Bazar
-
Bomboniere e Doceria
-
Bicicletas, inclusive peças e acessórios
-
Boutiques
-
Brinquedos
-
Calçado, bolsas, guarda-chuva
-
Charutaria e Tabacaria
-
Comércio de artigos de Decoração
-
Comércio de artigos Esportivos e de Lazer
-
Comércio de Artigos de Uso Doméstico
-
Comércio de Gêneros Alimentícios, Hortifrutigranjeiros
-
Cosméticos e Artigos para Cabeleireiros
-
Discos, Fitas e Congêneres
-
Farmácia, Drogaria e Perfumaria
-
Farmácia de Manipulação
-
Floricultura, Plantas e Artigos de Jardinagem
-
Instrumentos Musicais
-
Joalheria
-
Jornais e revistas
-
Livraria
-
Mercadinho e Mercearia
-
Ornamentos para bolos e festas
-
Óticas
-
Padaria, Confeitaria
-
Papelaria
-
Peixaria
-
Quitanda
-
Relojoaria
-
Sorveteria
-
Tecidos
SERVIÇO LOCAL:
-
Associações
-
Alfaiataria, Atelier de Costura, bordado e tricot
-
Barbearia
-
Biblioteca
-
Casa Lotérica
-
Caixa Automática de Banco
-
Centro Comunitário
-
Centro de Vivência
-
Chaveiros
-
Centros Sociais Urbanos
-
Clínicas Odontológicas
-
Clínica Médica (sem internação)
-
Conserto de Eletrodomésticos
-
Copiadoras, Encadernadoras
-
Creche
-
Despachantes
-
Escola de Datilografia
-
Escritório de Decoração
-
Escritório de Profissionais Liberais
-
Escritório de Representação Comercial
-
Escritório de Projetos
-
Estabelecimento de ensino de aprendizagem e formação profissional
-
Estabelecimento de ensino maternal, jardim de infância
-
Estabelecimento de ensino de música
-
Escolas especiais
-
Escola de 1º grau
-
Estabelecimento de línguas
-
Estabelecimento de serviços de beleza estética
-
Galeria de Arte
-
Imobiliária
-
Lavanderias e Tinturarias
-
Ligas e Associações Assistências e Beneficentes
-
Locadoras de Fitas de Vídeo Cassete, Vídeo Games e similares
-
Laboratórios de Análises Clínicas e Especialidade Médica
-
Laboratórios Fotográficos
-
Laboratórios de Prótese
-
Locadora de fitas de vídeo cassete, vídeo games e similares
-
Manicures e Pedicures
-
Massagistas
-
Oficinas de reparação de artigos diversos
-
Posto de Atendimento de Serviço Público
-
Posto de coleta de Anúncios Classificados
-
Prestação de Serviço de Atendimento Médico e correlatos
-
Prestação de Serviços de Informática
-
Prestação de Serviços de Reparação e Conservação de Bens Imóveis
-
Salões de Beleza
-
Sapateiros
-
Serviço de Decoração, Instalação e Locação de Equipamentos para Festas
-
Serviços Postais, Telegráficos e de Telecomunicações
-
Serviços de Instalação e Manutenção de Acessórios de Decoração
-
Templos e Locais de Culto em geral
Atividades classificadas como Serviço
ou Comércio Local que poderão ter área construída superior a
-
Associações Beneficentes, Filantrópicas, Religiosas
-
Estabelecimentos de ensino maternal, jardim de infância
-
Templos e locais de culto em geral
COMÉRCIO E SERVIÇO DE BAIRRO
-Correspondente às atividades listadas, como Comércio e Serviço Local e mais os
seguintes estabelecimentos com área construída vinculada a atividades até
COMÉRCIO DE BAIRRO:
-
Antiquário
-
Aparelhos e instrumentos de Engenharia em geral
-
Artigos Ortopédicos
-
Aves não abatidas
-
Bar
-
Churrascaria
-
Comércio de Animais Domésticos e artigos complementares
-
Comércio de Colchões
-
Comércio de Gás de Cozinha (é obrigatório o Alvará do Corpo de Bombeiros)
-
Comércio de Material de Construção (incluída área descoberta vinculada à
atividade)
-
Comércio de Móveis
-
Comércio de Veículos, Peças e Acessórios
-
Cooperativas de Abastecimento
-
Distribuidora de Sorvetes
-
Extintores de Incêndio
-
Importação e Exportação
-
Kilão
-
Lanchonetes
-
Material Elétrico em geral - inclusive peças e acessórios
-
Pizzaria
-
Restaurante
-
Utensílios e Aparelhos Odontológicos
-
Utensílios e Aparelhos Médico-Hospitalares
-
Vidraçaria
SERVIÇOS DE BAIRRO:
-
Auto Escola
-
Agências de Viagens
-
Apart - hotel, Hotel, Pousadas e Similares
-
Academias de Ginástica e similares
-
Arquivos
-
Agências de Emprego, Seleção de Pessoal e Orientação Profissional
-
Auditórios
-
Bancos de Sangue
-
Bibliotecas
-
Bancos
-
Boliche
-
Borracharia - consertos de pneus
-
Cartórios e Tabelionatos
-
Casas de Câmbio
-
Centro Cultural
-
Clínica Veterinária
-
Conserto de Móveis
-
Cooperativa de Crédito
-
Corretores de Títulos e Valores
-
Cursinhos
-
Distribuidora de Jornais, Revistas, Filmes e similares
-
Empresa de Administração, Participação e Empreendimentos
-
Empresa de Limpeza, Conservação e Detetização de Bens Imóveis
-
Empresa de Reparação, Manutenção e Instalação
-
Empresa de Seguros
-
Empresa de Aluguel de Equipamentos de Jogos de Diversão
-
Empresas de Capitalização
-Empresas
de Consertos, Reparos, Conservação, Montagem, Instalação de Aparelhos de Refrigeração
-
Empresas de Execução de Pinturas, Letreiros, Placas e Cartazes
-
Empresas de Intermediação e/ou Agenciamento de Leilões
-
Empresas de Organizações de Festas e Buffet
-
Empresas de Radiofusão
-
Empresas Jornalísticas
-
Empresas de Desinfecção
-
Escritório de Administração em geral
-
Escritório de Construção Civil em geral
-
Escritório de Empresa de Reparação e Instalação de Energia Elétrica
-
Escritório de Empresa de Transporte
-
Escritório de Importação e Exportação
-
Estabelecimento de Cobrança de Valores em geral
-
Estabelecimento para Gravação de Sons e Ruídos e Vídeo-tapes
-
Estabelecimento de Pesquisa
-
Instalação de Peças e Acessórios em Veículos
-
Instituições Científicas e Tecnológicas
-
Jogos Eletrônicos e similares
-
Clínicas Radiológicas
-
Lavagem de Veículos
-
Oficina Mecânica - Elétrica e Lanternagem - Automóveis
-
Oficina de Reparação de Máquinas e Aparelhos Elétricos
-
Praças de Esporte
-
Prestação de Serviço de Estamparia (Silck-screen)
-
Postos de Saúde e Puericultura
-
Pensão
-
Prédios e Instalações vinculadas às Polícias Civil e Militar e Corpo de
Bombeiros
-
Salão de Beleza para Animais Domésticos
-
Sede de Partidos Políticos
-
Serviços de Despachante
-
Serviço de Promoção, Planos de Assistência Médica e Odontológica
-
Serviço de Promoção de Eventos, Publicidade e Propaganda
-
Serviços Gráficos - Tipografias, Confecção de Cliches e similares
-
Serviços de Investigação Particular
-
Serralheria com área vinculada até
-
Serviço Horizontal de Estacionamento e Guarda de Veículos
-
Sindicatos Profissionais
-
Teatros e Cinemas
Atividades classificadas como Serviço
ou Comércio de Bairro, que poderão ter área construída superior a
-
Apart-hotel, Hotel, Pousadas
-
Bibliotecas
-Teatros
e Cinemas
COMÉRCIO E SERVIÇO PRINCIPAL -
Corresponde às atividades listadas como
Comércio e Serviço Local de Bairro e mais os seguintes estabelecimentos, com
até
COMÉRCIO PRINCIPAL:
-
Artigos Agropecuários e Veterinários
-
Atacados em Geral
-
Depósito de qualquer natureza
-
Depósito de Comércio de Bebidas
-
Distribuidora em Geral
-
Embarcações Marítimas
-
Ferro Velho e Sucata
-
Loja de Departamentos
-
Máquinas, Equipamentos Comercias, Industriais e Agrícolas
-
Mercadorias para Bordo em geral
SERVIÇO PRINCIPAL:
-
Agência de Locação de Equipamentos de Sonorização
-
Áreas verdes de uso público para recreação ativa (praças)
-
Boites e Casas Noturnas
-
Carpintaria
-
Consulados e Representações Estrangeiras
-
Bolsa de Títulos e Valores e Mercadoria
-
Canil, Hotel para Animais
-
Centro de Pesquisas
-
Clubes e locais privados de uso recreativo ou esportivo de caráter local
-
Depósito de qualquer natureza
-
Drive-in
-
Empresas de Instalação, Montagem, Conserto e Conservação de Aparelhos
-
Estabelecimento de Cultura e Difusão Artística
-
Empresas de Montagem e Instalação de Estrutura Metálicas, Toldos
-
Estabelecimento de ensino de 2º grau
-
Estabelecimentos de Locação de Veículos
-
Exploração Comercial de Edifício Garagem
-
Funerárias
-
Garagem
-
Guarda-Móveis
-
Máquinas e Equipamentos de Uso Industrial e Agrícola
-
Marcenaria
-
Marmorarias
-
Museus
-
Oficina de Tornearia, Soldagem, Niquelagem, Cromagem, Esmaltação e Galvanização
-
Posto de Abastecimento de Veículos
-
Serraria
COMÉRCIO E SERVIÇO ESPECIAL -
Corresponde às atividades listadas como Comércio e Serviço Local de Bairro e
Principal, com área construída superior a
COMÉRCIO ESPECIAL:
-
Comércio de Gêneros Alimentícios, Hortifrutigranjeiros, Açougue (com área
superior à
-
Distribuidora de Petróleo e derivados
-
Hipermercado
-
Hortomercado
-
Shopping Center
-
Supermercados (com área superior à
SERVIÇOS ESPECIAL:
-
Autódromos, Estádios, Hipódromos
-
Distribuidora de Energia Elétrica
-
Empresa Limpadora e Desentupidora de Fossas
-
Locais para Camping, Zoológicos
-
Parque de Diversões, Circos
-
Empresas Rodoviárias, Transporte de Passageiros, Carga e Mudança - Garagem
-
Reparação, Recuperação e Recauchutagem de Pneumáticos
-
Motel
-
Terminais de Carga
-
Oficinas de reparação e manutenção de caminhões, tratores e máquinas de
terraplanagem
-
Universidades
-
Faculdades
-
Ambulatórios
-
Hospitais Gerais e Especializados
-
Asilos
-
Casa de Saúde
-
Sanatórios
-
Pronto-Socorros
-
Institutos de Saúde
-
Aeroporto
-
Aero-Clube
-
Rodoviária
-
Serviços Públicos Federal, Estadual e Municipal
-
Presídios e demais prédios vinculados ao sistema penitenciário
-
Cemitérios
-
Terminais Urbanos de Passageiros
-
Aterros Sanitários
-
Depósito de Resíduos Sólidos
-
Usinas de Lixo
-
Instituições para menores
- Estação de Tratamento de Água e Esgoto
-
Estação de Telecomunicações
-
Oficina de Reparos Navais
INDÚSTRIA DE PEQUENO PORTE -
Estabelecimentos com área construída vinculada à atividade até
-
Fabricação do Artigos de Mesa, Cama, Banho, Cortina e Tapeçaria
-
Fabricação de Artigos de Couro e Peles (já beneficiados)
-
Fabricação de Artigos de Joalheria, Ourivessaria e Bijouteria
-
Fabricação de Artigos de Perfumaria e Cosméticos
-
Fabricação de Artigos Eletro-Eletrônicos e de Informática
-
Fabricação de Gelo
-
Fabricação de Velas
-
Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas
-
Indústria do Vestuário, Calçados, Artefatos do Tecido
INDÚSTRIA MÉDIO PORTE - Corresponde
às atividades listadas mais os seguintes, com área construída vinculada à
atividade até 2000 m2:
-
Abate de Aves
-Fabricação
de Artefatos de Fibra de Vidro
-
Fabricação de Artigos de Colchoaria e Estofados e Capas, inclusive para
Veículos
-
Fabricação de Artigos de Cortiça
-
Fabricação de Escovas, Vassouras, Pincéis e semelhantes
-
Fabricação de Instrumentos e Material Ótico
-
Fabricação de Móveis, Artefatos de Madeira, Bambú, Vime, Junco ou Palha
trançada
-
Fabricação de Móveis e Artefatos de Metal ou com predominância de Metal,
revestido ou não
-
Fabricação de Peças Ornamentais de
Cerâmica
-
Fabricação de Peças e Ornatos de Gesso
-
Fabricação de Portas, Janelas e Painéis Divisórios
-
Fabricação de Próteses, Aparelhos para correção de deficientes físicos e
Cadeiras de Roda
-
Fabricação de Toldos
-
Indústria Editorial e Gráfica
-
Indústria Textil.
INDÚSTRIA DE GRANDE PORTE - Corresponde
às atividades listadas anteriormente mais os seguintes, com área construída
vinculada à atividade maior que 2000 m2:
-
Beneficiamento de Metais não Metálicos
-
Construção de Embarcações, Calderaria, Máquinas, Turbinas e Motores Marítimos
de qualquer natureza
-
Fabricação de Artigos de Cutelaria e Ferramentas Manuais
-
Fabricação de Café Solúvel
-
Fabricação de Estruturas e Artefatos de cimento
-
Fabricação de Estruturas Metálicas
-
Fabricação de Material Cerâmico
-
Fabricação de Material Fotográfico e Cinematográfico
-
Fabricação de Óleos e Gorduras Comestíveis
-
Fabricação de Peças e Acessórios para Veículos Auto-motores ou não
-
Galvanoplastia, Cromeação e Estamparia de Metais
-
Indústria de Componentes, Equipamentos, Aparelhos e Materiais Elétricos e de
comunicação, Preparação de Fumo e Fabricação de:
Cigarros,
Cigarrilhas e Charutos
Moagem
de Trigo e Farinhas diversas,
Preparação
do Leite e Produtos de Laticínios
Preparação
do Pescado e Conservas do Pescado
Torneamento
de Peças
Torrefação
de Café
INDÚSTRIAS ESPECIAIS - São
consideradas especiais todas as atividades industriais listadas anteriormente
quando se referirem às atividades urbanas peculiares, pelo seu porte e escala
de empreendimentos da área de construção erigida e função e mais as seguintes:
-
Compostagem ou incineração de lixo doméstico
-
Fabricação de asfalto
-
Fabricação de cal virgem, cal hidratado ou extinta
-
Fabricação de celulose
-
Fabricação de cimento
-
Fabricação de clinquer
-
Fabricação de cloro, cloroquímicos e derivados
-
Fabricação de farinha de carne, sangue, ossos e semelhantes
-
Fabricação de farinha de peixe
-
Fabricação de fertilizantes fosfatados (super fosfatados, granulados,
monoamônio, diamônio, fosfato, etc.)
-
Fabricação de gás de nafta crequeada
-
Fabricação de gelo, usando amônia como refrigerante
-
Fabricação de produtos derivados da destilação do carvão de pedra
-
Fabricação de produtos primários e intermediários derivados do carvão
(exclusive produtos finais)
-
Fabricação de gás, produtos de refino do petróleo
-
Fabricação de pólvora, explosivos e detonantes (inclusive munição, esportes e
artigos pirotécnicos)
-
Fabricação de soda acústica e derivados
- Produção de Ferro e Aço,
ferro-ligas, formas primárias e semi acabadas (lingotes, biletes).
Anexo 2
Anexo 3
Anexo 4
1a página
Anexo 4
2a página
Anexo 4
3a página
Anexo 4
4a página
Anexo 4
5a página
Anexo 4
6a página
Anexo 4
7a página
Anexo 4
8a página
Anexo
5
GLOSSÁRIO
ACRÉSCIMO - Aumento de uma edificação em relação ao projeto
aprovado, quer no sentido horizontal, quer no vertical, formando novos
compartimentos ou ampliando os já existentes.
ADENSAMENTO - Intensificação do uso do solo.
AFASTAMENTO FRONTAL MÍNIMO - Menor distância entre a edificação
e o alinhamento, medida deste.
AFASTAMENTO LATERAL e de FUNDO MÍNIMO - Menor distância entre
qualquer elemento construtivo da edificação e as divisas laterais e de fundos,
medida das mesmas.
ALINHAMENTO - Limite divisório entre o lote e o logradouro
público.
ANDAR - Qualquer
pavimento acima do térreo.
ÁREA DE CARGA E DESCARGA - Área destinada a carregar e
descarregar mercadorias.
ÁREA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO - Área livre destinada a
iluminação e ventilação, indispensável aos compartimentos.
ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE - Área destinada a embarque e
desembarque de pessoas.
ÁREA DE ESTACIONAMENTO - Área destinada a estacionamento ou
guarda de veículos.
ÁREA COMPUTÁVEL - Área total edificada, deduzidas as áreas não
computadas para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento.
ÁREA LIVRE - Superfície não edificada do lote ou terreno.
ÁREA TOTAL EDIFICADA ou CONSTRUÍDA - Soma das áreas de
construção de uma edificação, medidas externamente.
ÁREA DE USO COMUM - Área de edificação ou do terreno destinada a
utilização coletiva dos ocupantes da mesma.
BALANÇO - Avanço da construção sobre o alinhamento do pavimento
térreo.
BRISE - conjunto de elementos construtivos postos nas fachadas
para controlar a incidência direta da luz solar nos ambientes.
CENTRO COMERCIAL - Unidades comerciais ou de serviços
integradas, geralmente voltadas para um centro de agências, compostas por mais
de 40 lojas , com uma área construída compreendida entre
COBERTURA - Último pavimento de edificações residenciais com
mais de duas unidades autônomas agrupadas verticalmente.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO - Coeficiente que multiplicado
pela área do lote, determina a área computável edificada, admitida no terreno.
COMPARTIMENTO - Cada divisão de unidade habitacional ou
ocupacional.
CONDOMÍNIO HORIZONTAL - Conjunto de um determinado número de
unidades unifamiliares, constituídas por edificações térreas ou assobradadas.
EDIFÍCIO GARAGEM - Edificação vertical destinada a
estacionamento ou guarda de veículos.
EMBARGO - Providência legal de autoridade pública, tendente a
sustar o prosseguimento de uma obra ou instalação cuja execução ou
funcionamento esteja em desacordo com as prescrições legais.
FACHADA - Face externa da edificação.
GABARITO - É o número de pavimentos da edificação.
GALERIA COMERCIAL - Unidades comerciais ou de serviços voltadas
para uma circulação interna ou externa com um ou mais acessos, compostos por no
máximo 40 unidades autônomas e até
GUARITA - Compartimento destinado ao uso da vigilância da
edificação.
HABITE-SE - Documento
expedido por órgão competente à vista da conclusão da obra, autorizando
seu uso ou ocupação.
INTERDIÇÃO - Impedimento por ato da autoridade municipal
competente, de ingresso em obra ou ocupação de edificação concluída.
JIRAU - Elemento construtivo que subdivide parcialmente um andar
em dois andares.
LOJA DE DEPARTAMENTO - Unidade de abastecimento isolada, de
comercialização de produtos variados e mercadorias de consumo e uso da
população.
MARQUISE - Estrutura em balanço sobre calçada destinada
exclusivamente à cobertura e proteção de pedestre.
PAVIMENTO - Parte de edificação compreendida entre dois pisos
sucessivos.
PÉ DIREITO - Distância vertical entre o piso e o teto de
compartimento.
PILOTIS - Conjunto de pilares não embutidos em paredes e
integrantes de edificação para o fim de
proporcionar área de livre circulação.
PLAY GROUND - Área
coberta destinada a recreação comum dos habitantes de uma edificação.
SUBSOLO - Pavimento situado abaixo do pavimento térreo.
TESTADA - Maior extensão possível do alinhamento, de um lote ou
grupo de lotes, voltada para um mesma via.
USO MISTO - Exercício concomitante do uso residencial e do não
residencial.
USO RESIDENCIAL - As edificações unifamiliares e
multifamiliares, horizontais ou verticais, destinadas à habitação permanente.
USO NÃO RESIDENCIAL - O exercício por atividades de comércio
varejista e atacadista, de serviços de uso coletivo e industriais.
VARANDA - Área aberta com peitoril ou parapeito de altura máxima
de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
ZELADORIA
- Conjunto de compartimentos destinados à utilização do serviço de manutenção
da edificação.
Marataízes - ES., 30 de
maio de 1998.
ANANIAS FRANCISCO VIEIRA
Prefeito Municipal de Marataízes